28 de dezembro de 2009

Atelier de Ilustração na Biblioteca de Ílhavo

superaram expectativas mais tímidosjpg

No passado dia 21 de Dezembro, orientei um atelier de Ilustração, a partir da leitura do livro O Pai Natal e o maiúsculo Menino, na Biblioteca de Ílhavo – lindíssimo edifício arquitectónico, que não resisto a elogiar, assinado por ARX Portugal Arquitectos lda.
Dirigido a crianças dos 6 aos 12 anos, em que as inscrições superaram a expectativa, este atelier pretendeu ser um espaço de expressão artística e de estimulação da criatividade, imaginação e invenção de cada criança.

tiramos dúvidas

Uns mais tímidos, com mais dificuldade em começar, outros menos, ávidos de desenhar, pintar e colar, todos se aventuraram na arte de ilustrar, conseguindo-se alcançar trabalhos que deixaram muitos pais orgulhosos.
No final inaugurou-se a exposição de originais de ilustração do livro O Pai Natal e o maiúsculo Menino – que estará patente na sala polivalente até ao próximo dia 7 de Janeiro – e… tiraram-se dúvidas…e compararam-se resultados.

compararam resultados

Todos receberam os seus certificados de participação.
Foi uma excelente tarde rodeada de pequenos ilustradores.

Seguiu-se a já tradicional sessão de autógrafos.autógrafos Obrigada Biblioteca de Ílhavo.

23 de dezembro de 2009

Boas Festas!

Boas festas 2009

21 de dezembro de 2009

3ª parte – Encontro Literário

(Ainda na quarta-feira) Depois de almoço, eu, o João Pedro Mésseder e o João Manuel Ribeiro – que também esteve de visita durante a manhã ao 3º ciclo do Colégio Terras de Santa Maria com o seu livro A Casa Grande – fomos abrir um Encontro Literário, no âmbito do projecto Voar a Ler, no Cine-Teatro António Lamoso.

«Voar a Ler é um projecto integrado de promoção de leitura literária desde a Educação Pré-Escolar que pretende criar hábitos de leitura e desenvolver competências de compreensão leitora junto dos alunos do grupo escolaglobal® (Externato Paraíso dos Pequeninos – pré-escolar e 1º ciclo – e o Colégio Terras de Santa Maria – 2º e 3º ciclo). A leitura não é vista como um acto passivo de mera descodificação de símbolos escritos, mas antes como um processo dinâmico, capaz de suscitar significados, em que o leitor é capaz de inferir sentidos a partir da sua interacção com o texto.» (in Projecto Voar a Ler)

Falamos um pouco sobre a importância da leitura da palavra e da imagem e dos mundos paralelos que estas duas linguagens nos permitem conhecer. Durante o encontro, os alunos do 3º ciclo, apresentaram à comunidade escolar os trabalhos criados e desenvolvidos a partir da leitura do livro A Casa Grande partilhando as suas interpretações e ganhos com este processo. Foi um privilégio poder, mais uma vez, fazer parte de uma iniciativa tão enriquecedora e promissora para o desenvolvimento das competências de literacia visual e verbal, e para a promoção do gosto pela leitura.
Foi um dia especial onde se comemoraram os livros.

Parabéns grupo escolaglobal®.

2ª parte - O Pai Natal e o maiúsculo Menino no Cine-Teatro António Lamoso

De seguida (ainda na quarta-feira), mais ao fim da manhã, estive com os alunos do pré-escolar e do 1º ciclo do Externato Paraíso dos Pequeninos (de Lourosa, Santa Maria da Feira). Eu, o João Pedro Mésseder e o Pai Natal estivemos no Cine-Teatro António Lamoso à conversa sobre o nosso livro O Pai Natal e o maiúsculo Menino, que foi também muito bem recebido.IMG_3703_

Seguiu-se a muito concorrida sessão de autógrafos da praxe onde os meninos e meninas puderam interagir mais de perto com todos nós. O Pai Natal foi o principal alvo de atenção, dos pequenitates do pré-escolar, pois recebeu muitos abraços e perguntas curiosas que não resisto a contar-vos: «Olha! E as renas?», «Apanhaste sol? É que estás muito mais moreno…», «O que me deste no ano passado?», «O que vais dar-me este ano?», entre muitas outras igualmente felizes e inesquecíveis.

Obrigada pelo carinho!

1ª parte - O Nó dos Livros no Colégio Terras de Santa Maria

Na passada quarta-feira comecei a manhã no Colégio Terras de Santa Maria (em Argoncilhe, Santa Maria da Feira) onde estive à conversa com os alunos do 5º e do 6º ano sobre o livro O Nó dos Livros que a Margarida Fonseca Santos escreveu e que eu ilustrei. O livro foi muito bem recebido e reflectiu-se na pertinência das intervenções. Foram duas sessões memoráveis. A todos eles dedico as seguintes palavras de agradecimento:

Obrigada pela simpatia com que me receberam (e têm recebido sempre) e pelo calor dos afectos que quase me fizeram esquecer o imenso frio do dia de hoje.
Obrigada pela curiosidade em saber um pouco mais sobre a minha experiência enquanto ilustradora de livros de literatura para a infância e juventude, em geral, e sobre o livro O Nó dos livros, em particular.
Obrigada pelas perguntas inteligentes e pertinentes com que me presentearam mostrando o quão atentos estiveram aos nós que percorrem este livro.
Obrigada pela atenção aos pormenores em jeito de mistério que algumas páginas contêm e que não escaparam ao vosso olhar atento.
Obrigada pelos trabalhos tão diversificados e apelativos que criaram a partir da leitura das imagens e da palavra.
Obrigada por esta manhã bem passada.
Não deixem de saborear os livros bebendo das palavras e das imagens.

nota: quando me chegarem as fotografias que documentam esta visita mostrar-vos-ei.

13 de dezembro de 2009

19 Dez | deCoração de Presépios

deCoração_de _presépios

No próximo sábado, dia 19, entre as 15h e as 17h, vou coordenar uma oficina de deCoração de Presépios para miúdos, na Tropelias & Companhia. Vamos pintar com tinta acrílica e fazer colagens utilizando a técnica de Décopage em presépios de barro.
Os graúdos podem aproveitar para, nessas duas horinhas, folgar dos miúdos enquanto ajudam o Pai Natal a escolher os últimos presentes (para os miúdos, claro)...

Lá vos espero!

nota: As inscrições devem ser feitas até sexta-feira para o email da Tropelias & Companhia.

O Pai Natal… no jornal Público

O Pai Natal e maiúsculo Menino No Público de ontem, na secção P2 (Crianças), Rita Pimenta teceu um comentário sobre o livro O Pai Natal e o maiúsculo Menino, de João Pedro Mésseder e Gabriela Sotto Mayor:

«O Natal de ontem, com o Menino Jesus. O Natal de hoje, com o Pai Natal. Antes, “deixava só o bastante”. Agora, “muitas prendas, um fartote”. João Pedro Mésseder cria neste livro uma voz que vai enumerando, na primeira pessoa e num registo poético cativante, as mudanças na celebração do Natal. Com nostalgia e ironia. “E que é feito do Menino – agora pergunto eu – quase sem roupa, nuzinho, que tanta alegria me deu? / Será que voltou ao presépio, o ofício abandonou / e a amealhar cá na Terra / só o Pai Natal ficou, / entregue a contas e a anúncios pagos p’las televisões, / a pedir dinheiro aos bancos, / um não acabar de aflições?” Se o texto pende para o Menino, a imagem pende para o Pai Natal. É o tempo a ilustrar as diferenças entre quem escreveu e quem desenhou».

9 de dezembro de 2009

Neste NATAL ofereça LIVROS

no natal ofereça livros

No próximo sábado, dia 12, alguns escritores e ilustradores da Trinta por uma Linha estarão na Tropelias & Companhia para falar dos seus livros - cliquem no cartaz para ampliar e confirmar se os vossos preferidos vão lá estar. Não percam a oportunidade de poder levar para casa, a preços especiais de Natal, um livro, ou vários, autografados por ambos os seus autores.

Serão com certeza presentes inesquecíveis! Vemo-nos por lá!

8 de dezembro de 2009

O Pai Natal e o maiúsculo Menino por Maria Elisa Sousa

E como vos havia prometido aqui ficam as palavras (delicadas) de Maria Elisa Sousa sobre o livro natalício de moi-même e do meu amigo João Pedro Mésseder:

Este é o título de mais um presente que João Pedro Mésseder e Gabriela Sotto Mayor nos fazem chegar às mãos. Num registo bem-humorado e em que o texto e a imagem interagem para construírem sentidos e explorarem possibilidades, o leitor vai conviver com imagens e com os versos de uma narrativa que nos apresenta duas personagens, quase faces da mesma moeda. Menino Jesus? Pai Natal? Tempos que se cruzam e tanto se distanciam! Quanto tempo separa o maiúsculo Menino do maiúsculo Papá?
Os dois são maiúsculos porque se distinguem, possuem identidade bem definida, como é próprio dos nomes próprios, ora dos meninos que recebem presentes, ora dos papás que oferecem os presentes que os meninos recebem.
Ao percorrer estas páginas de Natal, ouvimos uma voz que dá conta das suas memórias de criança, de uma infância tempo de mistérios e de simplicidade, em que os presentes de Natal cabiam na chaminé, para serem deixados nos sapatos ou nas meias dos meninos por um outro menino, especial e maiúsculo, que seleccionava os pedidos e distribuía com parcimónia os presentes, que podiam ser saboreados com demora, sem pressas e com o carinho devido às coisas que sabem a conquista:

8-9

Descia p’la chaminé / num rumor inquietante/ e do muito que eu pedira / deixava só o bastante

Mas este tempo de menino parece ter acabado e outros tempos, outros seres haveriam de aparecer. O Natal tempo-de-infância, em que os meninos esperavam, com encanto e mistério, por um outro Menino, cede lugar ao Natal de um senhor com sinais de velho menino, pesado e volumoso em demasia para poder caber na chaminé. Vinha de longe esse senhor e também trazia presentes:

De um senhor de barbas brancas / um maiúsculo Papá / vindo dos confins do Norte, / só mais tarde ouvi falar

Também trazia – oh que sorte! / muitas prendas, um fartote. /Na mão direita um sininho / e um ar de velho menino

E logo aqui começamos a sentir a oposição que a cada passo se faz entre os tempos do Menino e do Papá, maiúsculos os dois, pois. Enquanto o maiúsculo Menino deixava só o bastante do muito que havia sido pedido, o maiúsculo Papá trazia muitas prendas, um fartote. Este maiúsculo Papá que no Natal aparecia e presentes distribuía, passou a ser conhecido por Pai Natal, um nome querido, por sinal.
O tempo deste Pai Natal é já outro e a sua longa caminhada pela vida, comprovada pelas suas barbas brancas, apesar do ar de menino, tinha-o feito chegar a um outro tempo, bem diferente. É um Pai Natal familiarizado com as tecnologias, com estratégias de marketing e de publicidade. Um Pai Natal que, como tantos papás não maiúsculos, se desdobra e multiplica as horas do dia para arranjar forma de oferecer o que não tem. Se no tempo do Menino Jesus era oferecido o q.b, relativamente ao que era pedido, no tempo do Pai Natal, as prendas são tantas que fogem pelos dedos, mesmo que para isso se tenha de endividar.
Sem raiar para o fácil moralismo, e com imagens que se aliam à narrativa, não para lhe dar cor e dizer o já dito, mas antes para ampliar sentidos e leituras que despertam a mente e o humor que faz pensar, é apresentado um Pai Natal bem dos tempos actuais que entra em cena com tudo planeado para o espectáculo não falhar e muitos fundos poder angariar. E de fundos bem precisa para a sede consumista satisfazer:

20-21

Num hábil equilíbrio entre a nostalgia, a crítica e o humor, o leitor acede, pela palavra e pela imagem, a memórias que também poderão ser suas, no caso dos mais crescidos, e é interpelado por interrogações que o fazem pensar e questionar valores e atitudes que de tão impregnados e automatizados, são muitas vezes entendidos como vulgares e inevitáveis. E a esse propósito ouçamos a voz que percorre o livro e habita páginas com cor de cumplicidade, traços de leveza e de preocupação, mas sempre portadores de energia que contagia o olhar:

E que é feito do Menino / -agora pergunto eu- / quase sem roupa, nuzinho, / que tanta alegria me deu?

Será que voltou ao presépio, / o ofício abandonou / e a amealhar cá na Terra / só o Pai Natal ficou,

Entregue a contas e a anúncios / pagos p’las televisões, / a pedir dinheiro aos bancos, / um não acabar de aflições?
 
Mas esta voz, com saudades da infância perdida, tempo de mistério e de parcimónia, e com um fraquinho pelo Menino Jesus, revela também simpatia pelo Pai Natal e até pena dele tem, porque muito tem de pensar onde há-de ir buscar o baguinho necessário, já que muito dinheiro é preciso para tanta coisa comprar. Só que este Pai Natal, do tempo das luzes e do néon, com tantas coisas para comprar, com tantos presentes para dar, acaba por cometer a injustiça comum de nas casas ricas deixar / sempre mais do que é preciso; / e, nas pobres, por azar, / um pouco mais do que nada / e uma tristeza a pairar.

Se o Pai Natal e Menino Jesus uma sociedade fizessem, talvez todos pudéssemos ter um bocadinho de tudo e um pouco de nada, para não faltar sempre aos mesmos e aprender que só podemos dar o que temos. E ao que parece, pelos versos desta história, aquele Menino com maiúsculas bem pode o Pai Natal ajudar: 28-29

Será que o Pai Natal vai ter tempo para ouvir esta recomendação? Talvez, folheando a memória que nestas páginas respira e lembrando-se do Menino que no seu tempo de menino existiu, e no tempo se perdeu. Talvez diga, então, como a voz destes versos: Mas que saudades eu sinto / desse tão doce Menino, / sem retrato no jornal, / que ia e vinha de mansinho. Saudades que respiram com intensa leveza no traço e na paleta de cores de Gabriela Sotto Mayor. Saudades que fazem fechar os olhos e deixam voar os afectos nas asas invisíveis de um fofo coração, em forma de puf, imagem que aconchega memórias doces e singulares.

Maria Elisa Sousa
Mãos à Arte, 28 de Novembro de 2009.

nota: Maria Elisa Sousa faz citações que, por vezes, contemplam a totalidade da componente verbal presente numa determinada página dupla, em alguns casos, optei por substituir essas citações pelas páginas referidas, mostrando não só o texto verbal como o seu (con)texto visual.

7 de dezembro de 2009

Where books come to life

Conheci esta campanha, com animação em papel recortado, realizada pela New Zealand Book Council, no blogue O Jardim Assombrado, e não resisti a mostrar-vos. É absolutamente divinal! Por aqui conseguem mais informação sobre o escritor Maurice Gee, o autor do texto.

Ler para Crescer com Livros

Ler para crescer

Nos passados dias 4 e 5 realizou-se, na Biblioteca Municipal de Ílhavo, a acção de formação Ler para Crescer com livros, pela Casa da Leitura. Pudemos contar com a presença de três investigadoras nacionais Sara Reis da Silva, Ana Margarida Ramos e Fernanda Leopoldina Viana que nos falaram sobre Literatura para a infância, A ilustração no livro infantil e o Desenvolvimento da literacia emergente: competências em crianças de idade pré-escolar, respectivamente. O auditório da Biblioteca esteve cheio. Valeu mesmo a pena, foram dois dias muitíssimo enriquecedores. Obrigada BMI. Fico à espera de mais iniciativas assim.

29 de novembro de 2009

Um presente de Natal em formato LIVRO

O livro O Pai Natal e o maiúsculo Menino foi apresentado ontem de tarde na Mãos à Arte.

três fotos

A livraria esteve bem recheada de pequenos e graúdos.

Pude contar com a feliz visita dos meus amigos Manuela Monteiro e Fausto Lima que já havia muito tempo não via. Um obrigada especial aos dois por esta bela surpresa.


duas fotos

Tenho que agradecer à Maria Elisa Sousa as simpáticas palavras que teceu sobre este livro que o João Pedro Mésseder escreveu e que eu ilustrei (e que um desses dias transcreverei para também poderem saborear um pouco do que foi dito).

meninos pintando


Os pequenos que por lá estiveram puderam colorir as suas próprias versões de alguns dos desenhos que compõem este livro enquanto nos ouviam contar como foi que este projecto nasceu.

Inaugurou-se em simultâneo a mostra dos originais que recheiam este livro de Natal.


Seguiram-se os tradicionais autógrafos e muitos dedos de conversa.

quadros
A exposição poderá ser visitada até ao dia 18 de Dezembro. E não se esqueça que se gostou de os ver na parede da Mãos à Arte imagine como ficarão bem melhor na sua parede lá de casa!

Obrigada a todos os presentes por este belo fim de tarde!

Uma dupla de MAIÚSCULOS…

O Pai Natal e o maiúsculo Menino está n’ O Livro Infantil. Obrigada por se lembrarem desta dupla que tanto trabalho tem pela frente nos dias que se avizinham!

19 de novembro de 2009

Porto Porto no jornal As Artes entre as Letras

As Artes entre as Letras

O livro Porto Porto, que João Pedro Mésseder escreveu e Helena Veloso ilustrou (Calendário, 2009) foi hoje alvo de destaque na rubrica Entre Livros no jornal As Artes entre as Letras, onde se analisam em igual porção as vertentes textual e pictórica.

O jornal, que sai quinzenalmente às quartas-feiras, percorre os caminhos «da História e do Património, das Artes Plásticas e da Arquitectura, da Música e da Ciência, da Filosofia e da Literatura, do Teatro e do Cinema, da Dança e da Fotografia, mas também da Lusofonia e do Ensino e Educação» (Estatuto Editorial).

Não percam!

18 de novembro de 2009

O Pai Natal e o maiúsculo Menino na Mãos à Arte

No dia 28, pelas 17h, eu e o João Pedro Mésseder estaremos na Mãos à Arte para vos falar como o livro O Pai Natal e o maiúsculo Menino nasceu.  
 convite 28 Nov
Fica aqui no convite mais um cheirinho do recheio do livro ;-)
Esta apresentação contará com o comentário crítico de Maria Elisa Sousa - a quem desde já aproveito para agradecer a disponibilidade e simpatia.
Em simultâneo será inaugurada a exposição dos originais de ilustração. E, quem quiser, poderá comprar uma delas lá para casa.
Apareçam!

15 de novembro de 2009

Guardador de Árvores de João Pedro Mésseder e Horácio Tomé Marques

guardador de árvores Editado pelaTrampolim,  com texto de João Pedro Mésseder e ilustrações de Horácio Tomé Marques, Guardador de árvores é uma colectânea de poemas, que aconselho a não perder, (principalmente) para leitores medianos e autónomos, sobre a qual teci algumas palavras:

«Em Guardador de Árvores, João Pedro Mésseder apresenta-nos uma colectânea de poemas unidos por uma mesma temática, a árvore. As suas palavras encerram uma manifesta homenagem às árvores «como antigas mães dos livros». (…) Esta publicação tem a rara particularidade de ter não só a palavra, mas também a imagem impressa a uma só cor, preto sobre papel branco (…)»

Quem quiser ler a recensão na sua totalidade poderá fazê-lo aqui.

14 de novembro de 2009

O Pai Natal e o maiúsculo Menino na Casa da Leitura

O Pai Natal e maiúsculo Menino

Este singelo presente de Natal foi recomendado pela Casa da Leitura com o comentário crítico de Ana Margarida Ramos:

«Construído como uma narrativa versificada, este texto dá conta, através das memórias e da reflexão de um narrador/sujeito poético de primeira pessoa, das modificações ocorridas na celebração do Natal, exprimindo uma certa nostalgia por um passado onde a festividade tinha mais conotações religiosas e afectivas, entretanto substituídas pelo consumismo.»

Quem quiser ler a recensão na sua totalidade poderá fazê-lo aqui.

Malasartes 18 e… eu!

MalasartesMalasartes2

A Malasartes 18 já está à venda.
Ofereço-vos a capa com uma belíssima ilustração da Fátima Afonso e…um cheirinho do seu recheio, com um artigo da minha autoria, sobre o álbum Um dia na Praia de Bernardo Carvalho:

[resumo]
«O álbum Um dia na praia, de Bernardo Carvalho, vive exclusivamente da ilustração potenciando, de igual modo, leituras múltiplas. Neste estudo pretende-se reflectir sobre o aparecimento do álbum como um novo conceito de livro, um objecto complexo e diferente, que provoca o surgimento de um leitor, também ele distinto, capaz de interagir e dialogar com os múltiplos códigos que o constituem.»

Boas leituras.

8 de novembro de 2009

Caneta Feliz e Guardador de Árvores na livraria Index

Convite_Trampolim  -  Index
Caneta Feliz e Guardador de Árvores são livros escritos por João Pedro Mésseder e ilustrados por Gabriela Sotto Mayor e Horácio Tomé Marques, respectivamente.
Na próxima sexta-feira dia 13, pelas 21h30, iremos estar todos juntos (nós os três e vocês, assim espero ;-)) na livraria Index para falarmos um pouco de como estes livros nasceram.
Quem gostar de Arte vai também poder deliciar-se com a exposição de alguns dos originais criados para os livros Caneta Feliz e Guardador de Árvores e, quem sabe, comprar alguma.
Até lá, boa semana!

A Casa Grande - apresentação

convite_CasaGrande[1]

A apresentação do livro A Casa Grande foi ontem (sábado) de tarde.
Eu estive lá!
Quem não pôde aparecer pode ficar a saber como nos divertimos com uma visita ao blog da Trinta por uma linha.

5 de novembro de 2009

O Prometido é Devido

Resultado das actividades realizadas, pelos meninos e meninas do Externato Paraíso dos Pequeninos, no dia em que assinalamos o Mês Internacional da Biblioteca Escolar todos juntos.

[actividade desenvolvida com os meninos e meninas dos 3, 4 e 5 anos de idade]

O livro Mais vale tarde do que nunca foi lido aos pequenos artistas até determinada página, depois, apenas as palavras foram reveladas. A partir daí a imaginação deles pôs-se a trabalhar e muitos foram os desenhos que surgiram para ajudar a clarificar o provérbio que o livro trazia como podem ver aqui.

Foi estimulante ver como até os (mesmo) muito pequeninos conseguiram transmitir uma mensagem clara com os seus rabiscos. E as histórias que eles me contaram (em jeito de confidência), a partir do que haviam desenhado, também foram extraordinárias.

[actividade desenvolvida com os meninos e meninas do 2º, 3º e 4º anos]

Caneta Feliz foi o livro utilizado para ser lido e visto até determinada página, depois, só as imagens foram mostradas. Deste momento em diante só puderam contar com a imaginação que era fortemente estimulada pela leitura das minhas ilustrações. Este jogo deu origem a diferentes finais para o fim da mesma história.

As interpretações que os vários pequenos escritores fizeram das minhas ilustrações foram muitas e diferentes como podem ler aqui.

Com esta experiência pude verificar que alguns meninos e meninas têm consciência relativamente àquilo que podem herdar dos seus pais enquanto detentores de saber; têm consciência da necessidade de nos preocuparmos com o nosso futuro (num sentido mais generalizado de preocupação com o planeta); percebem o conceito de romantismo e aplicaram-no na perfeição no contexto narrativo; compreendem a importância de um trabalho artístico ao demonstrar a necessidade da sua divulgação e muitos utilizaram este exercício como mecanismo de coping ao colocarem nas suas histórias o próprio reflexo das suas vivências e preocupações.

O leitor à medida que experimenta novos desafios, sejam imagens ou palavras, vai alargando os seus horizontes e enriquecendo-se constantemente.

Esperamos que a nossa visita tenha contribuído para o aumento qualitativo do arquivo individual de cada um dos meninos e meninas do Externato Paraíso dos Pequeninos.

Foi uma experiência muito enriquecedora e memorável.

E, claro, estão todos de parabéns!

Obrigada por me receberem! E um obrigada muito especial a todos os pequenos e graúdos que têm comentado a minha visita à vossa Escola ;-).

30 de outubro de 2009

O Nó dos Livros

No dos Livros_capa final
No mesmo dia não uma mas duas belas surpresas!
O Nós dos Livros tem texto de Margarida Fonseca Santos e ilustrações de Gabriela Sotto Mayor (moi-même novamente) e é outra das deliciosas apostas da Trinta por uma linha.
Corram às livrarias para descobrir que tipo de nó é este. Será que também o conhecem?

O Pai Natal e o maiúsculo Menino

O Pai Natal e maiúsculo Menino
E já está! Saiu do forno.
O Pai Natal e o maiúsculo Menino tem texto do João Pedro Mésseder e ilustrações de Gabriela Sotto Mayor (moi-même) e é mais uma das belíssimas apostas da Trinta por uma linha.
«Vai dar muita vontade de saborear o recheio» disse a Anabela Dias (ilustradora) em comentário a esta receita natalícia. Pois eu espero que sim.
Se vocês lhe conseguissem sentir o cheiro como eu consigo, com ele aqui à mão… à mão de folhear…humm! Que delícia!

29 de outubro de 2009

Inauguração da Exposição – sala de Arte reaprev

Hoje foi a inauguração de uma pequena mostra dos meus trabalhos de ilustração. Vou contar-vos como foi este meu fim de tarde cheio de amigos e ilustres da nata portuense… com a ajuda de uma singela reportagem fotográfica da autoria do meu íntimo (como chamaram, neste mesmo fim de tarde, à minha cara-metade).

Eu e Constancia Nery

 

A exposição foi apresentada pela pintora Constância Néry (a quem devo este convite).

 

falei sobre o meu trabalho

 

 

 

 

Falei um pouco sobre mim e sobre o meu trabalho em exposição.

Maria de Lourdes dos Anjos

 

 

A poetisa Maria de Lourdes dos Anjos presenteou-nos com a declamação de alguns poemas de Fernanda de Castro e outros de sua autoria.

Jorge Vieira

 

 

 

 

O poeta Jorge Vieira também nos deleitou com a leitura de alguns poemas de sua autoria.

Mulher Atenta

 

 

 

Filomena Pinto da Costa apresentou-nos o projecto Mulher Atenta.

 

Eu e Cassio Mello

 

 

 

O pintor Cassio Mello também esteve lá.

 

sorteio

 

 

Fizemos um sorteio de um desenho meu. Foi um momento muito especial e divertido!

vencedor falso alarme

 

Divertido porquê? Perguntam vocês!

As regras do sorteio foram difíceis de definir e por isso tivemos uma primeira (não válida) vencedora. Ficou felicíssima com o prémio para logo logo descobrir que não fazia parte da lista dos participantes… Que desilusão!

 vencedor

 

 

A verdadeira vencedora lá foi encontrada, embora não muito rapidamente!

Parabéns!

 

amena cavaqueira

 

E depois… estivemos na amena cavaqueira: demos à língua, pusemos a conversa em dia, comemos uns docinhos e uns salgadinhos e… o Porto que vos havia prometido afinal era Ponche. Mas quem provou disse que estava divinal!

28 de outubro de 2009

Mês Internacional da Biblioteca Escolar

Outubro é o mês internacional da Biblioteca Escolar e foi hoje assinalado no Externato Paraíso dos Pequeninos em Lourosa (Santa Maria da Feira), com a visita de uma Ilustradora portuguesa de reconhecido mérito (moi-même). Estive à conversa com meninos e meninas muito pequeninos (desde os 3 até aos 5 anos de idade) mostrando meios e técnicas de ilustração e contando alguns segredos da minha experiência nesta profissão. Também eles experimentaram ser ilustradores por um dia através de uma actividade desenvolvida em contexto de sala de aula com a ajuda das educadoras: a história que as palavras (de Ana Oom) e as (minhas) imagens contam, no livro Mais vale tarde do que nunca (edição do Expresso), foram lidas aos pequenos artistas até determinada página, depois, apenas as palavras foram reveladas. A partir daí a imaginação deles pôs mãos à obra e muitos foram os desenhos que surgiram para ajudar a clarificar o provérbio que o livro trazia. Foi uma experiência muito enriquecedora. paraíso dos pequeninos 
Também estive à conversa com meninos e meninas menos pequenos (desde o 1º até ao 4º ano) mostrando meios e técnicas de ilustração assim como alguns desenhos fresquinhos (do livro natalício que já vos falei) para que conseguissem distinguir alguns dos muitos e diferentes materiais que se podem utilizar em ilustração. Claro que também lhes contei alguns segredos… Estes meninos e meninas experimentaram ser escritores por um dia através de uma actividade desenvolvida em contexto de sala de aula com a ajuda das professoras: Caneta Feliz foi escrito pelo João Pedro Mésseder e ilustrado por mim (Trampolim edições) e foi o livro utilizado para ser lido e visto até determinada página, depois, só as imagens foram mostradas. A partir daí a imaginação deles foi rainha e senhora dando origem a diferentes finais para o fim da história. Foram muitas e diferentes as interpretações que os vários pequenos escritores fizeram das minhas ilustrações. Foi uma experiência igualmente enriquecedora. Principalmente porque conseguiu-se mostrar que o leitor, seja ele de imagens ou de palavras, tem uma parte significativamente importante em todo o processo de fruição de um livro.paraíso dos pequeninos1 
Uri Shulevitz (1997) conta que um livro álbum nunca seria compreendido na totalidade se fosse lido pela rádio, uma vez que o significado das palavras ouvidas não estaria claro ou estaria incompleto sem as ilustrações. O mote para a conversa com os mais graúdos (2º e 3º ciclo) do Colégio das Terras de Santa Maria em Argoncilhe (Santa Maria da Feira),  foi precisamente este. Com o auxílio do livro Caneta Feliz falei-lhes da relação de interdependência existente entre a palavra e a imagem e de como uma história se transforma quando ambos os códigos (verbais e visuais) são lidos em simultâneo.

Foi uma bela tarde de promoção da leitura e da biblioteca escolar.

Nota: Colocarei mais tarde alguns dos resultados das actividades desenvolvidas pelos meninos e meninas do Externato Paraíso dos Pequeninos.

22 de outubro de 2009

Exposição de Ilustração – sala de Arte reaprev

CONVITE GABRIELA SOTTO MAYOR.cdrMais uma mostra diversificada do meu percurso como ilustradora de literatura para a infância.

Desta vez num sítio diferente do habitual, o que por si só já é razão para uma visita.

Fico à espera de poder dividir convosco um belo dum Porto e de um sumo D'Honra, alguns salgadinhos e um doce especial da minha autoria. Ah! e, claro, de poder partilhar convosco um pedacinho da minha alma que fui deixando em alguns dos meus trabalhos e que podem sempre adquirir - por um excelente preço ;). Até lá!

18 de outubro de 2009

Estou chateada…

As razões que me levam a escrever por cá são sempre boas. Infelizmente, hoje, passa-se precisamente o oposto.

Declaração de intenção de renúncia de responsabilidade

Verifiquei que o facto de assinar o design e ilustração da capa de um livro, editado recentemente, não foi suficiente para obter a responsabilidade pelo trabalho final, já que sem qualquer aviso, notificação ou manifestação de descontentamento pela Arte Final aprovada, fizeram alterações ao meu trabalho. Nada poderá desculpar o facto, principalmente quando a alteração em causa perturba não só a estética do projecto mas também a sua funcionalidade.

Poderia gastar agora muitas linhas a invocar o direito de criação, o respeito inexistente pela profissão, assim como discutir o conceito de Arte “Final”, que afinal não é tão “final” como poderíamos pensar. Mas nada poderá fazer esquecer o choque que senti ao ouvir um livreiro dizer-me: «Estou chateado consigo!» porque não conseguia fazer a leitura do código de barras. Foi quando descobri que tinham desvirtuado o conceito que criei para a contracapa e, consequentemente, o meu trabalho.

… e estar chateada é pouco para dizer o que sinto.

16 de outubro de 2009

Malasartes 18 quase quase…

Pedro Malasartes escreveu: «Dir-se-á, no entanto, que uma temática de grande actualidade atravessa este novo número – questão, diga-se de passagem, para a qual os mediadores da leitura não se encontram ainda suficientemente sensibilizados. Referimo-nos à análise da ilustração e, consequentemente, ao problema do desenvolvimento da literacia visual, tão necessário como o desenvolvimento da literacia verbal e como a própria educação literária. Razões mais do que suficientes para a leitura de um trabalho centrado num picture story book só com imagens, de Bernardo Carvalho (importante ilustrador português da actualidade), estudo esse elaborado por outra jovem ilustradora e estudiosa da ilustração: Gabriela Sotto Mayor.» Poderão ler o post na sua totalidade aqui.

14 de outubro de 2009

O Pai Natal e o maiúsculo Menino

capa O Pai Natal e maiúsculo Menino

 

Eu e o João Pedro Mésseder temos estado a preparar um bolo (em formato livro) para o Natal e eis que a massa ficou pronta. Até já ligamos o forno. Só falta mesmo aguardar a cozedura. Quem nos vai ajudar a servir para que todos vocês possam comer uma bela fatia vai ser a Trinta por uma linha. Por agora deixo-vos a cobertura para vos aguçar o apetite (em estado provisório porque ainda falta ajustar as doses de certos ingredientes).

O Comboio de Pedra de Vergílio Alberto Vieira e Anabela Dias

Comboio de PedraEditado pela Trinta Por Uma Linha,  com texto de Vergílio Alberto Vieira e ilustrações de Anabela Dias, O Comboio de Pedra é uma das viagens que aconselho a que façam partindo de uma qualquer estação com destino ao Porto, (principalmente) para leitores autónomos e à qual dedico algumas palavras:

«Resultado da parceria entre Vergílio Alberto Vieira e Anabela Dias, O comboio de pedra relata uma viagem ao passado com destino ao Porto. (…) Nesta publicação, com recurso a um jogo fonético e vocabular, exibem-se algumas características emblemáticas da cidade do Porto, (…) notando-se nas palavras a emoção e nostalgia com que o escritor sente a cidade. (…) A ilustradora, com a paleta de cores e subtileza a que nos tem habituado, recorre principalmente à metáfora e à sinédoque para conseguir contar acrescentando uma pitada de humor delicado.» Quem quiser ler a recensão na sua totalidade poderá fazê-lo aqui.

8 de outubro de 2009

Gémeos de João Manuel Ribeiro e Helena Zália

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Editado pela Trinta Por Uma Linha,  com texto de João Manuel Ribeiro e ilustrações de Helena Zália, Gémeos é uma das obras que aconselho a ser fruída, (principalmente) por leitores medianos e autónomos e à qual dedico algumas palavras:

«Em Gémeos, de João Manuel Ribeiro, a narrativa desenrola-se em torno destes sentimentos personificados em dois pares de gémeos onde o Ódio e o Medo formam um par e a Paz e o Amor formam outro. (…) As ilustrações de Helena Zália conseguem transmitir de forma eficaz a sombra que acompanha os gémeos Ódio e Medo e a ternura que os gémeos Paz e Amor abraçam, preenchendo-os de emoções.» Quem quiser ler a recensão na sua totalidade poderá fazê-lo aqui.

6 de outubro de 2009

A Cor do Imaginário

O homem, enquanto consciência aberta ao mundo, tem carácter coexistencial e está sempre em relação com as coisas e com os outros entes. O arquivo de imagens individual que vai construindo com o passar dos anos e que serve de referência para a interpretação não só influenciará o leitor criança, como também os autores da palavra e da imagem. O ilustrador (comparado, no seu exercício profissional, a um primeiro leitor) não é excepção. No exercício dessa profissão pude experimentar colaborar com vários escritores com estilos de escrita naturalmente diversificados e distintos, resultando na criação de representações visuais ímpares.

Cartaz Biblioteca Outubro 200...

 

A Cor do imaginário é uma mostra das ilustrações originais criadas a partir da leitura daqueles textos que deram origem a diversas publicações que reflectem a cor do meu imaginário e onde a criança é o destinatário preferencial, mas não exclusivo.

A exposição pode ser visitada na Biblioteca Municipal de Gondomar a partir de hoje (de terça a sábado das 10h às 19h) e até dia 31 de Outubro. Deixo-vos aqui uma pequena espreitadela!

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